De acordo com Matadi Daniel, responsável do Centro de Hemodiálise, Pluribus África, os contactos têm sido feitos junto dos Ministérios da Saúde e Finanças, no sentido de se ver quitada a dívida que mantêm com os principais fornecedores de equipamentos.
Reconhecendo o perigo a que se encontra a situação, dos cerca 1.760 pacientes, o responsável referiu que a pressão que o centro vem exercendo sobre o Ministério das Finanças, deve-se a este facto e avançou que o referido ministério comprometeu-se a resolver os problemas que se espera terminar o mais depressa possível, ainda esta semana.
Na condição de técnico de saúde, o mesmo disse que é uma situação intolerável de se viver e alertou não se tratar apenas de diálise e sim de uma série de correcções por se fazer, sendo que mínima distração nos cuidados poderá resultar num escandaloso número de morte, garantindo que a partir da próxima semana os pacientes serão atendidos três dias por semana.
De salientar que, uma alegada dívida com fornecedores de equipamentos, do Centro de Hemodiálise, do Hospital Américo Boavida, está também na base da redução de frequência de pacientes que fazem hemodiálise, naquela unidade hospitalar.
De acordo com informações, nesta segunda-feira, 3, os pacientes em causa comparecem apenas na referida unidade hospital, para uma e duas sessões por semana, devido a suposta insuficiência de equipamento.
José Malanda, médico, disse também que entre outras, a medida visa reduzir a exposição de pacientes ao novo coronavírus, durante a deslocação hospital /casa e vice-versa, uma vez que nem todos têm condições de se locomover com meios próprios, para além de justificar a situação com o estado de saúde de cada paciente.
