Segundo fontes internas do CNJ, a assembleia convocada para janeiro por um grupo de cidadãos, não dispõe de plenos poderes estatutários para o efeito. O CNJ é uma plataforma que congrega as principais associações juvenis do país e tem como missão promover oportunidades, incentivar o desenvolvimento e assegurar a representação das vozes juvenis em diferentes níveis de decisão.
A actual direcção sustenta que o processo eleitoral está previsto para novembro de 2026, por se tratar de um procedimento que, de acordo com os estatutos, deve começar a nível municipal, seguir para as províncias e só depois culminar numa assembleia nacional.
Fontes ligadas à direção actual afirmam que o político Norberto Garcia tem prestado apoio logístico e financeiro aos promotores da falsa assembleia convista a pressionar eleição de uma nova direção.
Garcia, que anteriormente apoiou a eleição de Isaías Calunga para a liderança do CNJ, é agora acusado de incentivar a sua destituição, com o objectivo de viabilizar a ascensão de um jovem ligado ao sector do empreendedorismo juvenil sem que tenha requisitos para o efeito.
Contactado pelo O Decreto, Norberto Garcia rejeitou as acusações. “Fui eu quem propôs o presidente Isaías Calunga, mas não tenho qualquer interesse em interferir na gestão do CNJ nem em indicar dirigentes”, afirmou.
O nome de Norberto Garcia já havia surgido em controvérsias públicas anteriores, incluindo referências a um alegado esquema de burla internacional (Burla a Tailandesa) e a denúncias relacionadas com supostos créditos irregulares provenientes do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), destinados a projectos juvenis. O político nega envolvimento em qualquer irregularidade.
Norberto Garcia, cujo nome completo é Ernesto Manuel Norberto Garcia, nasceu a 8 de agosto de 1967, no Waku Kungo, província do Kwanza Sul. É militar na reserva, advogado de profissão, e cresceu na província do Huambo e actualmente é responsável do Gabinete de Estudos e Análises Estratégicas (GEAE), um órgão de assistência ao Presidente da República de Angola sob a tutela da Casa Militar da Presidência. O Decreto

