"Celebrar 50 anos é um acontecimento único e insólito", afirmou Adão de Almeida, sublinhando a "longa jornada de preparação" deste evento que simboliza a unidade nacional "de um povo que se libertou do colonialismo, conquistou a paz e trabalha afincadamente para o desenvolvimento do país".
Segundo o governante, a cerimónia, que terá lugar na Praça da República, contará com delegações de todas as 18 províncias angolanas e representações estrangeiras "dos mais diferentes níveis", incluindo chefes de Estado, vice-presidentes, primeiros-ministros e ministros dos Negócios Estrangeiros, num total de 45 delegações internacionais confirmadas.
Inicialmente estavam previstos cerca de oito mil convidados para assistir ao ato central, mas o número foi alargado "para incluir mais pessoas", e as autoridades criaram condições para receber aproximadamente 10 mil cidadãos, incluindo cerca de 350 jornalistas credenciados para a cobertura do evento.
O desfile cívico vai reunir cerca de seis mil participantes, representando "os mais diferentes segmentos da sociedade angolana", seguindo-se um desfile militar, com quatro mil efetivos das Forças Armadas Angolanas e da Polícia Nacional, que encerra com a apresentação da música oficial dos 50 anos.
A cerimónia inclui ainda a condecoração póstuma com a Medalha de Honra ao Presidente António Agostinho Neto, proclamador da independência nacional e primeiro chefe de Estado angolano, bem como a mensagem à nação do Presidente, João Lourenço, considerada o ponto mais alto das celebrações.
Antes do ato central, está previsto o hastear da bandeira nacional no Museu de História Militar, seguindo-se uma homenagem no sarcófago do Memorial Dr. António Agostinho Neto, com a presença de João Lourenço e dos chefes de Estado convidados.
Adão de Almeida garantiu que todas as condições de segurança, transporte e assistência médica estão asseguradas, com equipas de emergência e meios de evacuação preparados no local.
"Temos hoje as condições todas criadas para que amanhã tenhamos aqui um momento importante de reflexão e de celebração sobre os 50 anos da nossa independência", afirmou.
O ministro adiantou que o evento congrega "os vários Estados que ajudaram a Angola na luta pela libertação nacional e que ajudam hoje Angola no quadro da cooperação internacional para o desenvolvimento", reforçando o caráter diplomático e simbólico das comemorações.
Adão de Almeida destacou igualmente que o ato "celebra a diversidade, a cultura e a alegria do povo angolano", refletindo a pluralidade de regiões, etnias e expressões culturais representadas no desfile e no público presente.
O governante sublinhou ainda que apenas pessoas convidadas terão acesso à Praça da República, dado o caráter protocolar do evento. "O processo de elaboração e distribuição dos convites observou a transversalidade da sociedade", disse, garantindo que "todos os segmentos estarão representados".
Em termos logísticos, a organização prevê a mobilização de autocarros para transporte dos convidados a partir dos parques de estacionamento, e um dispositivo de cerca de quatro mil agentes das forças de segurança destacados para garantir a ordem pública.
Adão de Almeida afirmou que os preparativos decorrem dentro da normalidade e que estão criadas todas as condições para que o país celebre à altura a grandeza dos seus 50 anos de independência.

