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Quinta, 18 Agosto 2022 23:24

Eleitores angolanos surpresos com seus nomes em assembleias de voto a quilómetros das suas casas

À medida que se aproximam as eleições em Angola e os eleitores se preparam para exercer o seu direito constitucional de votar, muitos defrontam-se com um problema que pode reitirá-los esse direito.

Os seus nomes foram colocados em assembleias de voto a quilómetros de distância das suas residências, noutras províncias, e até quem está inscrito no Canadá tem o seu nome para votar na Maianga, em Luanda.

A lei orgânica das eleições determina que só vota o cidadão que “esteja regularmente escrito como eleitor no caderno eleitoral da respectiva mesa de voto”.

No entanto, as reclamações de deslocações surgem de vários cantos do país e do mundo.

António Manuel, cidadão residente em Luanda há mais de 30 anos e onde sempre exerceu o seu direito de voto, é agora forçado a votar na Província de Malange.

“Sempre vivi em Luanda e votei em Luanda”, diz Manuel que afirma “sentir-se penalizado porque não tenho condições para me deslocar de Luanda para Malange para votar”.

Petro Cafiele fez a sua actualização para votar em Luanda, mas diz ser obrigado a votar no Namibe.

“Mudei-me para Luanda e vivo no Zango no ano passado actualizei a minha morada, ainda assim fui colocado para votar em Moçâmedes, Namibe, tudo vou fazer para votar mesmo sem recurso”, conta.

Mas o caso mais estranho é do emigrante radicado no Canadá há 27 anos, João Joaquim, que tem o seu nome na Maianga, Luanda. "Eu sempre actualizei os meus dados aqui na embaixada e é um paradoxo agora aparecer como eleitor de manhã, esses factos podem manchar o processo eleitoral do país", lamenta.

A VOA sabe de muitas outras situções do tipo, mas até agora não obteve qualquer explicação da Comissão Nacional Eleitoral. VOA

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