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Sábado, 13 Agosto 2022 11:00

MPLA dominou cinco províncias em 2017, UNITA ganhou espaço em Luanda e CASA-CE em Cabinda

Candidatos do MPLA fizeram o pleno em cinco círculos provinciais nas eleições de 2017, a UNITA elegeu dois deputados em Luanda, maior praça eleitoral do país, e a CASA-CE ganhou espaço em três círculos províncias, particularmente em Cabinda.

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde 1975, venceu as últimas eleições gerais angolanas de 2017 com um total nacional de 4,1 milhões de votos (61,8%) e elegeu 150 deputados, segundo escrutínio definitivo de 06 de setembro de 2017 divulgado pela Comissão Nacional Eleitoral.

A Lei Orgânica das Eleições Gerais estabelece que cada uma das 18 províncias angolanas compreende um círculo provincial, elegendo cinco deputados cada, e um círculo nacional que tem 130 deputados.

Malanje (163 mil votos), Huíla (453 mil votos), Cunene (156 mil votos), Cuanza Norte (91 mil votos) e Cuanza Sul (308 mil votos) foram as cinco províncias, os cinco círculos provinciais, onde o MPLA obteve todos os lugares.

Na estatística nacional de votos das eleições de 2017, em que participaram 7 milhões de eleitores e apenas 6,8 milhões de votos foram válidos, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), na oposição, foi o segundo partido mais votado com 1,8 milhões de votos (26,68%), tendo eleito 51 deputados.

A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), liderada na altura por Abel Chivukuvuku, somou 643,9 mil votos (9,45%) e quedou-se na terceira posição e elegeu 16 deputados, duplicando os resultados de 2012.

Nas posições imediatas ficaram o Partido de Renovação Social (PRS), com 92,2 mil votos (1,35%), que elegeu dois deputados, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com 63,6 mil votos (0,93 %), com um deputado, e a Aliança Patriótica Nacional (APN) com 34,9 mil votos (0,51%) e não teve qualquer assento na Assembleia Nacional (parlamento angolano).

A UNITA elegeu dois deputados nos círculos provinciais de Luanda, maior praça político eleitoral de Angola, onde conquistou 759 mil votos contra 1 milhão de votos do MPLA, que elegeu três deputados.

Nos círculos provinciais de Cabinda, Zaire e Namibe a CASA-CE “roubou” votos aos grandes e totalizou quatro deputados. Em Cabinda, a convergência eleitoral foi a segunda força política mais votada, totalizando 44 mil votos que elegeram dois deputados.

Em 2017, o MPLA elegeu dois deputados em Cabinda e a UNITA elegeu apenas um.

A CASA-CE, então liderada por Abel Chivukuvuku, agora o segundo da lista da UNITA para as eleições gerais de 24 de agosto, também elegeu um deputado no círculo provincial do Namibe, onde os restantes foram o MPLA, e no Zaire, onde a UNITA também elegeu um deputado e os “camaradas” três deputados.

O PRS, com génese no leste de Angola, manteve a tradição local e, em 2017, foi o terceiro partido mais votados nos círculos provinciais da Lunda Sul (12 mil votos), Lunda Norte (11 mil votos) e Moxico (5,5 mil votos), três províncias do leste do país.

Apesar dos resultados naquela região do país, os renovadores sociais elegeram apenas dois deputados no computo global dos votos nacionais.

A Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), histórico movimento angolano de libertação do país, na altura liderada por Lucas Ngonda elegeu apenas um deputado, no total de 220 que compõem o hemiciclo do parlamento angolano, cujos mandatos de cinco anos estão prestes a cessar.

As seis formações políticas que participaram nas eleições de 2017, nomeadamente MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA e APN, concorrem novamente às eleições gerais de 24 de agosto de 2022 ao lado de dois novos partidos, Partido Humanista Angolano (PHA) e Partido Nacionalista para a Justiça em Angola (P-NJANGO).

As quintas eleições gerais da história política de Angola elegem o Presidente da República, cabeça de lista do partido ou coligações de partido político mais votado, e deputados à Assembleia Nacional.

João Lourenço, Presidente da República de Angola cessante e líder do MPLA, é o cabeça de lista dos “camaradas”, Adalberto Costa Júnior, cabeça de lista da UNITA, Manuel Fernandes, cabeça de lista da CASA-CE, Benedito Daniel, cabeça de lista do PRS, Nimi-a-Simbi, cabeça de lista da FNLA, Quinto Moreira, cabeça de lista da APN, Bela Malaquias, cabeça de lista do PHA, e Jonatão “Dinho” Chingunji, cabeça de lista do P-NJANGO.

As oito formações políticas concorrentes percorrem o país em campanha eleitoral, desde 24 de julho, na caça ao voto.

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