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Terça, 21 Junho 2022 14:44

Membro do MPLA valoriza atitude de Francisco Viana e repudia intimidação contra militantes

António Venâncio, um veterano militante do partido no poder em Angola, disse que, equívoco político da dimensão de um buraco negro poderá estar na origem da crítica dirigida aos militantes partidários, que optam por suspender ou mesmo renunciar sua militância.

De acordo com António Venâncio, por razões pessoais e baseados nos estatutos dos seus partidos democráticos, muitos destes militantes usam do direito à pluralidade para emitirem suas opiniões e, ou do direito à reunião para aderirem ou se desvincularem dos seus partidos.

Para o também Engenheiro Civil, este grande equívoco começa quando tais direitos, constitucionalmente protegidos, não lhes são reconhecidos por mal-acostumados à violência verbal.

"As ameaças ou intimidações sobre tais militantes constituem uma grosseira violência", observou António Venâncio.

Também, defendeu que acima de quaisquer interesses partidários, e por se tratar de direitos fundamentais, os militantes podem sim interromper ou cessar seus vínculos partidários, facto que não pode ser visto como indisciplina, oportunismo ou desobediência, "e por isso mesmo, eles merecem todo o nosso respeito!"

No seu entender, a liberdade de um cidadão não é conferida por partidos políticos, mas deve unicamente à sua condição de ser humano que tem direito à escolha, à vida livre que pretende levar.

É igualmente de opinião que, a mais recente desvinculação partidária de Francisco Viana prova que afinal, militantes coerentes, fiéis aos seus próprios princípios, nem sempre desrespeitam suas organizações na hora da despedida e isso é sinal de madurez.

"Notei que Francisco Viana (FV) por quem nutro grande simpatia, respeito e admiração, apesar das vicissitudes, manteve para com o Presidente do partido uma actitude muito civilizada e, apesar de algumas críticas, honrou e exaltou com muita humildade intelectual as melhores virtudes de João Lourenço", considerou.

Finalmente, adiantou que não perceber este direito e esta liberdade de aderir ou se desvincular, só pode ser fruto da maldita arrogância que persegue alguns não-democratas. "Estes sim, são um verdadeiro problema para a Organização", disse.

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