No final da audiência, o Rei do Bailundo disse, à imprensa, que falou com o Presidente da República sobre a construção de infraestruturas no âmbito do PIIM. O soberano fez-se acompanhar de alguns membros do seu Reino.
O rei do Bailundo, Isaac Francisco Lucas, afirmou, que as obras de requalificação em curso na corte estão a conferir maior dignidade ao reino, fundado no século XV.
"O reino hoje está muito dignificado", declarou à imprensa o soberano do Reino do Bailundo, província do Huambo, tendo acrescentado que a requalificação das infraestruturas se enquadram no Programa Integrado de Intervenção dos Municípios (PIIM).
À saída da audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, João Lourenço, adiantou, entre as infraestruturas, a construção de 35 residências para os membros da corte e quatro jangos.
As obras incluiram a edificação de uma escola com 12 salas de aulas, um centro hospitalar com 22 camas, a requalificação de monumentos e sítios do reino, com destaque para o local onde jazem mais de 30 reis do Bailundo.
O 37° soberano do reino, cuja corte está no município do Bailundo, disse ter solicitado ao Chefe de Estado angolano o prosseguimento das obras do PIIM na região, programa que a população local acolheu com satisfação.
Relativamente a esse aspecto, informou que o Presidente João Lourenço assegurou a continuação das obras do PIIM.
"Deu esperança ao nosso povo da região Centro e Sul de que as obras do PIIM vão continuar, para fazer face aos problemas socioeconómico", referiu.
Trabalho agregador
Entronizado em 2020, o Isaac Francisco Lucas, também chamado por Tchongolola Tchongongue, que significa a águia congregadora, disse estar em curso um trabalho agregador das autoridades tradicionais adjacentes ao reino.
Entre as autoridades tradicionais adjacentes estão as das províncias do Huambo, Bié, Cuanza Sul e uma parte da província da Huíla.
No quadro da legislação angolana, os reis, sobas e seculos, integram as autoridades tradicionais, que representam o poder tradicional. Trata-se de instituições que colaboram com o poder estadual.
Nos termos da Constituição, as autoridades tradicionais personificam e exercem o poder no seio da respectiva organização político-comunitária tradicional, em respeito aos valores, às normas costumeiras e à lei.