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Sábado, 01 Mai 2021 13:39

Ninguém propõe revisão constitucional em pré-campanha eleitoral - Adalberto Costa Júnior

Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, maior força política da oposição angolana, considerou outra vez, nesta sexta-feira 30 de Abril em Bissau que, a proposta do presidente João Lourenço, de revisão da Constituição de Angola apareceu num mau momento.

De acordo com o líder da UNITA, quando já se está com a corrida em andamento não se mudam as regras, visto que, particularmente, a oposição já propôs tal revisão e o Presidente da República não a aceitou, não se mostrando igualmente disponível para o efeito.

Para ACJ, a anunciada revisão da Constituição sem procurar consensos é tida como tardia e fechada por esta altura, tendo sublinhado que ninguém propõe uma revisão constitucional em pré-campanha eleitoral.

Ainda em declarações, fez saber que a referida proposta não partiu pela busca de consensos no país, mas sim uma iniciativa sobretudo fechada, relativamente às respostas que os cidadãos pretendem no concerne a eleição do Presidente da República.

Na ocasião, afirmou que o Presidente da República em Angola é eleito à boleia do boletim dos deputados, quando nunca se viu o mesmo boletim a eleger dois órgãos de soberania, órgãos que deveriam ser complementares, sendo este um dos aspetos fundamentais, entre outros.

Para o líder partidário, é com certeza o problema dos partidos hegemónicos, partido único, que tem ainda o Estado partidário na realidade da nossa dimensão, numa altura em que defende que, Angola, para ser um país desenvolvido, tem de concretizar grandes desafios, nomeadamente a coragem de fazer a revisão da Constituição adaptada aos desafios que temos e a coragem de fazer a reforma de Estado, a despartidarização das instituições de Estado.

São, conforme ACJ, desafios que o MPLA tem vindo a demonstrar não estar com a coragem de o fazer "e nós estamos preparados, em nome de Angola, para o fazer se quisermos abraçar o desenvolvimento".

" Em 2017, Acompanhamos um ciclo de mutação de liderança, no âmbito do país. Essa nova liderança surgiu com um discurso de reformas, de combate à impunidade, à corrupção e decorridos três anos e meio infelizmente a decepção é muito grande", observou.

Por um lado, ACJ receonheceu que o país está pior do que no período de transição que trouxe esperança, ao passo que actualmente os cidadãos vivem pior sob pressão de enormes dificuldades e a crise económica aprofundou-se.

Por outro, disse que Angola está assistir um período de pré-campanha eleitoral, sinal de que as eleições gerais de 2022 vão seguramente ter lugar, cuja expectativa é muito grande, embora por etapas o Governo tenha tendência de incumprir com compromissos estratégico e institucionais.

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