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Quinta, 29 Abril 2021 14:13

Em Benguela: Rui Falcão pede indemnização bilionária ao jornalista Francisco Rasgado

O Porta-voz do MPLA e antigo governador de Benguela, Rui Falcão, está a exigir uma indemnização milionária ao Jornalista Francisco Rasgado que denunciou actos de corrupção, durante o seu governo naquela província.

O julgamento de Francisco Rasgado, jornalista e Director do site Chela Press, começou esta terça-feira 27, no Tribunal provincial de Benguela.

Francisco Rasgado, está indiciado no crime de difamação e abuso à autoridade pública, numa participação feita pelo antigo governador de Benguela, Rui Falcão, actual secretário da informação do MPLA.

Na ocasião, a defesa de Rui falcão pediu de indemnização, 1 bilhão 338 milhões e 754 mil kwanzas, por alegado crime de injúria e difamação contra o membro do Bureau Político do MPLA.

A referida indemnização, conforme a defesa, foi calculada com base no valor do “KIT” de máquinas do governo, alegadamente desviado para a empresa CCJ, avaliado em 2 milhões e 654 mil 78 dólares.

Francisco Rasgado de 64 anos, detido na sexta-feira, 23 de Abril, por ordem do Tribunal de Comarca de Benguela, foi libertado esta segunda-feira e apresentou-se em tribunal um depois, isto na terça-feira.

O tribunal da Comarca de Benguela, ordenou a libertação do jornalista, depois de ter sido apresentada uma justificação quanto à sua ausência em tribunal.

"O jornalista foi solto e está indiciado no crime de difamação e abuso à autoridade pública, numa participação feita pelo antigo governador, Rui Falcão, actual secretário da informação do MPLA, partido no poder", avançou o presidente do Sindicato dos jornalistas de Angola, Teixeira Cândido.

Vale referir que, o processo judicial foi movido pelo antigo governador de Benguela, Rui Falcão, em reacção a uma matéria publicada pelo jornalista, em que denunciou a existência de um eventual esquema que envolveu desvios de máquinas compradas com dinheiro público e que terão sido entregues pelo governador a um empresário.

O advogado de Francisco Rasgado, apelou que, se o seu cliente apenas denunciou o acto corrupto e, por conta disso é detido, isto é uma arbitrariedade, porque não existem requisitos para a sua prisão, o que alegou não ser concebível.

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