"África perdeu assim, um grande filho, que conduziu com valentia e heroísmo a luta pela liberdade, pelo resgate da soberania nacional", escreveu João Lourenço na missiva.
O chefe de Estado angolano considera que com a morte de Mugabe, que morreu hoje em Singapura, se perdeu "um político eloquente e corajoso que dedicou grande parte da sua vida à causa nobre do progresso e do desenvolvimento do Zimbabué e de África".
João Lourenço apresentou, "em nome próprio, do executivo e do povo angolano", as "mais profundas e sentidas condolências" a Mnangagwa e aos cidadãos do Zimbabué pela morte do que diz ter sido "um grande símbolo da História contemporânea do Zimbabué".
O Presidente angolano concluiu a mensagem com a expressão da sua solidariedade para com o país da África Austral.
O ex-Presidente do Zimbabué Robert Mugabe morreu hoje aos 95 anos, cerca de dois anos após renunciar ao cargo que ocupou durante 37 anos, anunciou o atual chefe de Estado, Emmerson Mnangagwa.
Mugabe morreu num hospital em Singapura, rodeado pela sua família e pela sua mulher, Grace.
O ex-Presidente do Zimbabué estava a receber tratamento médico na cidade asiática há cinco meses.
Mugabe nasceu em 21 de fevereiro de 1924. Na década de 1970 liderou uma campanha de guerrilha contra o Governo da ex-colónia britânica.
Em 1979, a então primeira-ministra britânica Margaret Thatcher anunciou que o Reino Unido reconheceria oficialmente a independência da Rodésia, como era designado naquela altura o país. Mugabe foi eleito primeiro-ministro no ano seguinte.
Robert Mugabe deteve o poder no Zimbábue durante 37 anos, antes de ser derrubado num golpe de Estado em novembro de 2017, tendo sido substituído por Emmerson Mnangagwa, então seu vice-Presidente.