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Sábado, 19 Novembro 2022 10:18

A crónica "com quatro tiros do peito e um dá cabeça" lá se foi o Man Tinas (Tininho) sem vontade de Deus?

Ele ainda respondeu aos disparos feitos contra ele e fugiu até a casa de uma vizinha, onde acabou mesmo por sucumbir. Isso aconteceu na madrugada de quarta-feira depois de emboscado na Rua F próximo á FTU, endossado por um amigo que já estava detido usado pelos muxaxos (homens) do SIC.

Sobre esta ocorrência que fez recordar muita malta do bairro os velhos tempos e os filmes de ação com muito terror do antigamente. Como os sete contra todos e outros com Bud Spencer e Terence Hill ainda há muito para contar vos prometo, há detalhes importantes que não vou deixar escapar.

Mas venham comigo agora, e vamos aos factos, o Tininho (Man Tinas) como era conhecido verdade se diga, não era nenhuma pêra doce. Como chefe de uma gang de marginais estava sempre armado até os dentes envolvido em várias broncas de arrepiar e fazer xixi nas calças só do medo que ele nunca teve.

Com passagens em várias cadeias onde entrava e saía às vezes em fração de segundos. Envolvido em cenas mirabolantes de assaltos à mão armada, em bancos, cantinas e um rolo de outras cenas de assustar e fazer cair de cú qualquer um não habituado a filmes de terror.

Era perigoso sim, e com a desvantagem de que não fazia parte dos (gatunos bons de estimação). Pois se assim fosse seu nome nunca estaria na enorme lista de gente que existe.

Para ser abatido selectivamente desde marginais, políticos, jornalistas e outros críticos do regime segundo se sabe, mas este é assunto para outra crônica. Se vermos bem as coisas, o Tininho é produto de um país gerido por criminosos. Onde o (gatuno bom e de estimação) é o que rouba bilhões que arrasta o país e os angolanos à miséria extrema, que faz parte do governo.

Que é amigo ou sócio de negócios dúbios com gente ligada à presidência da república. Entre outros, nem por isso desconhecidos desde povo impotente e quase totalmente resignado e com a voz silenciada pelo dedo no gatilho.

Não estou aqui a defender as ações indecorosas do Tininho, mas não estaria a fazer justiça se não apontasse. Este fenômeno do aumento cada vez mais galopante e assustador da criminalidade em Angola, como consequência da gestão claramente criminosa do país pelo MPLA desde quase meio século.

Com falta de estrutura familiar, falta de um projecto de vida, valorização do possa ao invés do ser. Com falta de políticas públicas que combatam a desigualdade social, impunidade da estrutura penal completamente corrupta, partidarizada e sem credibilidade. Com essa falta de perspectiva, emprego e oportunidades para os jovens, como é que esses não caem mais facilmente para práticas criminosas como formas de sobrevivência?

Ou para a prostituição que hoje até já parece estar fazendo parte da cultura juvenil feminina angolana. Se considerarmos estudos que alegam que quase metade das miúdas no país Angola já experimentaram o sabor amargo de venderem o seu corpo em troca de alguma coisa?

Continuarei

Por Fernando Vumby

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