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Sábado, 26 Dezembro 2020 10:52

Domingos da Cruz desmascara o maior Racista de Angola em seu novo livro, “Racismo, O Machado Afiado”

O novo livro de Domingos da Cruz, ativista pela Democracia e professor universitário, é uma obra académica amplamente pesquisada que estuda as origens do Racismo e seus efeitos no mundo e em Angola. Sendo que desmascara alguns dos maiores racistas da história humana e reproduz na integra várias de suas citações, das quais escolhi as seis mais chocantes:

1 - Enquanto cidadãos, precisamos contribuir para uma sociedade em que os privilégios dos Negros e Mexicanos sejam reduzidos a insignificância.

2 - O privilégio Judeu é visível também na Alemanha.

3 - Em um painel que quer discutir o jornalismo na Malásia não tem um só malaio, todos eram Chineses!

4 - O povo Português está a ser vítima de um partido composto de pretos e de Indianos.

5 - São Porcos.

6 - Proponho que um Painel anti-negro seja constituído em Portugal para fiscalizar de modo detalhado os actos dos pretos ! [nota: Parafraseado por motivo de brevidade.]

Consegue adivinhar os autores das frases?

São as frases do próprio Domingos da Cruz, nas quais troquei “Brancos e mulatos” por minorias de outros países para mostrar que o livro, no conteúdo e na forma, seria condenado por racismo e apologia ao genocídio em qualquer outro pais do mundo.

Para as pessoas normais, o racismo significa julgar ou prejudicar alguém na base sua cor de pele ao invés de seus pelos actos. Porem, para o DC, “racismo” é um comportamento exclusivo de mestiços não porque tenham cometido algum acto racista, mas apenas por terem ascendência e aparência parcialmente europeia e por estarem em algum lugar de forma “desproporcional”. Ou seja, o mestiço nasce racista e nada que ele pode fazer vai mudar isto.

Partindo desta definição esquizofrénica, o DC acusa os mestiços de cometerem crimes de que vão desde o colonialismo ao “genocídio do 27 de maio” passando pelo esforço de falar e escrever Português de forma correta, ou impedir que negros entrem em restaurantes por causa de seu fedor, físico no caso do Simao Hóssi e político no caso do Kamalata Numa.

Para quem achar, de forma justa, que a tese é louca e estúpida, o DC responde conforme a raça do critico: se for Branco ou mulato poder ser (1) uma pessoa inconsciente de seu privilegio racial, ou (2) um racista que usa a tactica do “racismo inverso”, e (3) se for negro então é um inconsciente que não sabe que vive em uma sociedade racista ou é um (4)“negropeu” alienado que é internamente racista branco.

Este artigo não terá espaço suficiente para discutir cada uma das incoerência do livro, que tem o ritmo esquizofrénico do livro “Quando a guerra é urgente e necessária” embelezado com um simulacro de erudição pedante que exagera no uso de jargão para impressionar caipiras. Se DC realmente acredita no que escreveu, porque faz parte de um Movimento Revolucionário liderado pelo “racista” Luaty Beirão, filho do “genocida racista mulato que matou a elite negra no 27 de maio de 1977”[nota: parafraseado para fins de previdade]. Seria pedir muito exigir a coerência entre as ideias e os actos do autor ?

Apesar disto o livro não é de todo inútil, pois apesar de ser capaz de provar sua tese e de ser apenas mais um panfleto político contra o MPLA a custa da incitação de ódio racista contra os mestiços Angolanos, serve de uma obra de referência para se perceber duas coisas: (1) a persistência do racismo contra os mestiços em Angola, (2) a ascensão do pseudointelectualíssimo nacional na base de uma imitação quase satírica dos piores hábitos da cultura universitária Brasileira, especialmente nos grupos da oposição não partidária e activistas.

DC se acha superior aos ao Marxistas Angolanos do MPLA por ter provado a “racismo intrínseco do Marxismo”, expresso em correspondência entre Marx e Engel, porem pelo menos o Karl Marx tinha a decência de assumir seu racismo, e suas ideias em geral, enquanto que Domingos da Cruz escreve 137 pagina do mais puro odio racial contra os mestiços Angolanos sob o manto de “antirracismo”, no maior acto de cobardia intelectual Angolano de 2020.

Por Roboredo G.

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