Avisando que tomará as medidas necessárias para preservar esse acordo de paz, Rubio referiu-se às milícias do Movimento 23 de Março (M23), cuja atuação estará na origem de uma crise diplomática entre as autoridades da RDC e as do Ruanda, acusadas de apoiar o movimento rebelde.
Entretanto, o Governo ruandês negou as acusações, tal como as autoridades congolesas negaram estar a apoiar grupos anti-ruandeses.
O M23 tomou esta semana a cidade de Uvira, apesar do acordo assinado na semana passada em Washington, sob a mediação do Presidente dos EUA, Donald Trump, entre os presidentes do Ruanda e da RDC, Paul Kagame e Felix Tshisekedi, respetivamente.
Os EUA dizem ter a certeza de que o M23 opera com a ajuda do governo ruandês, razão pela qual Rubio apontou as autoridades do país africano na sua mensagem, publicada na sua conta do X.
"As ações do Ruanda no leste da República Democrática do Congo são uma clara violação dos Acordos de Washington assinados pelo Presidente Trump, e os Estados Unidos tomarão medidas para garantir que as promessas feitas ao Presidente sejam cumpridas", advertiu, citado pela agência EP.
Num comunicado publicado esta manhã, o braço político do M23, a Aliança do Rio Congo (AFC), voltou a atribuir toda a responsabilidade pela violação dos acordos ao exército congolês, ao seu aliado, Burundi, e às milicias juvenis que colaboram com as autoridades do país.
"Se o governo acredita ter o direito de retomar o controlo do território nacional pela força, assassinando os seus cidadãos, então nós, como cidadãos, também temos o direito e a legitimidade de defender as nossas vidas e as vidas dos nossos concidadãos ameaçados de extermínio pelo seu próprio governo", afirmou o autoproclamado "presidente" do M23 e "coordenador" da AFC, Bertrand Bisimwa.

