Diplomata nascido em Gana, Annan foi o primeiro negro a comandar a ONU. Ele morreu na cidade suíça de Genebra, onde viveu por vários anos.
"Com imensa tristeza a família Annan e a Fundação Kofi Annan anunciam que Kofi Annan, ex-secretário-geral das Nações Unidas e prêmio Nobel da Paz, morreu em paz no sábado 18 de agosto depois de uma breve doença. Sua mulher Nane e seus filhos Ama, Kojo e Nina estavam ao seu lado nos últimos dias", informou um comunicado publicado nas redes sócias de Anna e da fundação que leva seu nome.
No texto, a família pediu "privacidade neste momento de luto".
It is with immense sadness that the Annan family and the Kofi Annan Foundation announce that Kofi Annan, former Secretary General of the United Nations and Nobel Peace Laureate, passed away peacefully on Saturday 18th August after a short illness... pic.twitter.com/NDOy2NmAAs
— Kofi Annan Foundation (@KofiAnnanFdn) 18 de agosto de 2018
A Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da ONU, também divulgou a notícia e lamentou "a perda de um grande homem, um líder e um visionário". "Uma vida bem vivida, uma vida que merece ser celebrada", acrescentou a instituição em sua conta do Twitter.
Annan se manteve em atividade até os seus últimos dias, liderando a delegação da ONG The Elders (Os anciãos, em português), fundada pelo líder sul-africano Nelson Mandela (1918-2013).
“Kofi Annan é uma força que guiou o bem” - António Guterres
Quem foi Kofi Annan?
Annan entrou na ONU em 1962 e foi ascendendo nas fileiras da organização até chegar à Secretaria-Geral em 1997, função que desempenhou até 2006.
O mandato de Annan como secretário-geral da ONU coincidiu com a Guerra do Iraque e a pandemia do HIV/Aids. Nesse contexto, ele e as Nações Unidas receberam o Prêmio Nobel da Paz de 2001 pela criação do Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária para ajudar países em desenvolvimento.
Após esse período, ele serviu como enviado especial da ONU para a Síria por volta de 2012, liderando os esforços para encontrar uma solução pacífica para o conflito.
No comunicado sobre sua morte, a Fundação Kofi Annan descreveu-o como um "estadista global e internacionalista profundamente comprometido, que lutou ao longo de sua vida por um mundo mais justo e mais pacífico".
"Onde quer que houvesse sofrimento ou necessidade, ele estendeu a mão e tocou muitas pessoas com sua profunda compaixão e empatia. Ele desinteressadamente colocou os outros em primeiro lugar, irradiando bondade genuína, calor e brilho em tudo o que ele fez", diz a nota