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Domingo, 13 Outubro 2019 23:29

João Lourenço e o dilema da credibilidade política

O índice de abstenção nas eleições de 2020 e 2022 será altíssimo, muitos são os que preferindo optar pela neutralidade não arriscarão eleger alguém para os representar, fruto de uma filosofia errada, imposta pelo actual timoneiro da nação angolana que não se revê na resolução dos problemas que afligem o povo angolano.

Quando se olha na teimosa vingança semeada pelo Presidente da República João Lourenço contra os seus camaradas, ao chamá – los avarentos, marimbondos, traidores da pátria, de que irão queimar no fogo, etc… pergunto – me se há alguma coisa de realmente dignificante para a luta que se aplica contra o próprio Partido, lutando de maneira ininterrupta pelo fim e pela ruína do MPLA, semeando uma guerra de todos contra todos no seio do MPLA.

Tenho as minhas dúvidas de que se persistir essa guerra de perseguição no seio do MPLA, poderá o Partido vencer as eleições autárquicas de 2020 e muito menos as eleições gerais de 2022, se neste caso, a UNITA apresentar Adalberto da Costa Júnior como o seu candidato, JLO estará entregue a uma luta difícil e asfixiado por esse líder da UNITA por se carismático de casta rara, e com alta capacidade de convencer as massas de todas as idades. Enquanto JLO se preocupa em arruinar o MPLA, a UNITA cresce a uma velocidade assustadora, e ao apresentar Adalberto da Costa Júnior como seu candidato, há provas de sobras de que JLO não conseguirá de forma nenhuma, nem se quer com formas fraudulentas, ganhar as eleições gerais de 2022 e muito menos as eleições autárquicas de 2020. É a derrota que a tudo dá rumo, anunciando um fim inevitável às portas.

Com efeito esta nova desavença em que faz – se da rua o meio para lavar toda roupa suja do MPLA, acusando ao MPLA de estar dotado de corruptos, como sendo o mentor de uma política que visa desestabilizar a nação angolana a partir do estrangeiro, e que, os seus colegas de armas, são meros avarentos que pagam a juventude para se manifestar, criará bases para a UNITA chegar ao poder tão cedo, caso eleja Adalberto da Costa Júnior como presidente deste Partido.

JLO está a vender o MPLA à desgraça, é o fim que se anuncia, caso Adalberto da Costa Júnior chega à direcção do regime da UNITA. Há inúmeros indivíduos que temem o triste fim de JLO em 2022 se Adalberto da Costa Júnior for eleito à presidência da UNITA.

É curioso no âmago do MPLA do hoje, toda uma perspectiva do actual timoneiro do Partido, se coloca em querer punir o passado como se ele fosse um anjo caído dos céus, que nunca tivesse cometido pecado algum. Chama aos demais de marimbondo, malandros, avarentos, etc…. Querer punir criminalmente o General Zé Maria por ter levado papéis públicos que já foram publicados em obras literárias sobre a “Batalha do Cuito Cuanavale”, na África do Sul, como também ficou exposto no museu das forças Armadas Sul Africanas em Pretoria, todos os mapas que hoje se fizeram secretos somente para Angola, enquanto que para África do Sul são mapas completamente públicos, não constituindo nenhum perigo nem diplomático, nem se quer de relações entre África do Sul e Angola a exposição e o conhecimento de tais mapas que já são públicos na África do Sul, cujo acesso de tal informação é livre e sem necessidade de pagar coisa alguma para tal âmbito, como se pode parafrasear o General Ngongo: “Os mapas sobre a Batalha do Cuito Cuanavale já não são secretos, e, um País não pode fazer – se com vingança e muito menos com perseguições.”

Dir – se – à, brevemente, contrariando a visão de JLO, que uma tal perspectiva de luta contra corrupção realizada de maneira opcional e totalmente parcial, retirará completamente toda sua credibilidade popular entre os angolanos, e não será possível vencer eleições autárquicas ou eleições gerais com o clima de guerra que Lourenço trouxe consigo do Kremlin. Agora para alinhar mais o cano da espingarda, não tardou, rasgou o rosto de Eduardo dos Santos e o expulsou da moeda nacional, para somente fazer presente o seu rosto, amarrando a imagem solene do Patriota e líder da unidade nacional em Angola à um fim triste.

Se, alguém acha que Lourenço ganhará eleições autárquicas ou gerais em Angola (2020 e 2022), só pode ser um lunático, ignorante ao cubo, que não sabe precisar o que se passa no País, muito menos no seio do Partido que Lourenço governa. Em suma, está redondamente enganado, Lourenço perde dia pós dias toda uma credibilidade popular que havia conquistado no seio do povo angolano, e, a derrota para tal há - de ser certa em 2020 e em 2022, tal quanto apela o adágio popular: “Quem avisa, amigo é.”

Bem – haja!

Por João Henrique Hungulo

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