"Já não estou no país e (...) estou são e salvo", disse Emmerson Mnangagwa num comunicado publicado dois dias após ser exonerado.
O partido no poder, Zanu-PF, "não é propriedade sua nem da sua mulher", acrescentou o antigo aliado de Mugabe, dirigindo-se ao Presidente zimbabueano.
Mnangagwa prometeu ainda regressar ao país para dirigir o partido.
Já hoje, o chefe de Estado, que falou pela primeira vez desde a demissão de Mnangagwa, na segunda-feira, justificou o afastamento do seu antigo aliado por alegadamente conspirar para usurpar o poder.
Num discurso perante milhares de apoiantes, o Presidente, de 93 anos, disse que Mnangagwa conspirava para assumir o poder desde que assumira a vice-presidência, em 2014.
Mnangagwa sucedera a Joice Mujuru, afastado e acusado por Mugabe por usar a feitiçaria para tomar o poder.
"Expulsámo-lo pelas mesmas razões", disse Mugabe, referindo-se a Mnangagwa.
Emmerson Mnangagwa, até há pouco considerado um dos possíveis sucessores do Presidente Robert Mugabe, foi demitido na segunda-feira.
A demissão ocorre numa altura em que a guerra pela sucessão do Presidente de 93 anos se intensifica, apesar de Mugabe já ter anunciado que se candidatará a um novo mandato em 2018.
A primeira-dama, Grace Mugabe, é considerada uma potencial sucessora do seu marido e anunciou no domingo estar pronta para o fazer, depois de o seu parceiro estar no poder desde a independência de Zimbabué, em 1980.