Sexta, 29 de Março de 2024
Follow Us

Terça, 21 Janeiro 2014 21:47

Moody's dá nota de 'lixo' ao Banco Angolano de Investimentos na primeira análise

A Moody's atribuiu hoje o primeiro 'rating' ao Banco Angolano de Investimentos (BAI), considerando que o nível de crédito está abaixo do nível de investimento ('lixo') com uma perspetiva estável, refletindo a "fraca qualidade e os elevados custos do crédito".

A nota de avaliação dos analistas britânicos está ao nível da que é dada à República de Angola no que diz respeito aos depósitos em moeda estrangeira, e reflecte os riscos de conversão e transferência de moeda estrangeira, explica a Moody's.

Na nota de imprensa, são identificados vários aspectos positivos por parte da operação bancária do BAI, mas que são anulados, ou pelo menos contrabalançados, pelas dificuldades do sector em Angola, ainda em crescimento.

Por outro lado, "a Moody´s também atribuiu um rating de depósitos em moeda estrangeira B1/Not Prime, com uma perspectiva estável, em linha com a perspectiva positiva do rating Ba3 de Angola" e explica que "o rating de depósitos em moeda estrangeira é limitado pelo rating de Angola para depósitos em moeda estrangeira, B1, que reflecte os riscos de conversibilidade e de transferência de moeda estrangeira".

A avaliação que é dada ao BAI, que tem activos líquidos superiores a 11 mil milhões de dólares, de acordo com a informação que consta no seu site, é alicerçada não só na "actividade bem estabelecida em Angola, com um balanço financiado por depósitos e com elevada liquidez, fornecendo uma forte base para que o banco beneficie do crescimento da economia angolana", mas também no facto do banco ter "fundos próprios adequados para absorver perdas inesperadas, conforme indicado pelo elevado rácio de cobertura de crédito por provisões e a capacidade de geração de receita".

Estes pontos positivos, argumenta a nota de imprensa, são, no entanto, anulados pelos "fracos indicadores da qualidade de crédito do BAI, que a Moodys atribui principalmente às capacidades, ainda em desenvolvimento, de gestão de risco e a algumas fragilidades estruturais no mercado doméstico" e são prejudicados pela avaliação estrutural que a agência faz do financiamento ao sector privado.

Os impedimentos estruturais são "uma estrutura ineficiente para a resolução de litígios; as lacunas no enquadramento legal para os créditos com garantias; e a informação financeira corporativa limitada.

Lusa 

Rate this item
(0 votes)