Atores da sociedade civil angolana olham para o impasse em relação às autarquias, que adensa a divergência entre Governo e oposição após as últimas declarações do Presidente João Lourenço, como um obstáculo na luta contra a pobreza e gestão de políticas públicas.

A UNITA, maior partido da oposição angolana, criticou hoje o adiamento das eleições autárquicas no país, inicialmente previstas para este ano, atribuíndo a decisão a um receio de "uma derrota histórica" pelo partido no poder.

O Secretariado do Bureau Político do MPLA, partido no poder, regozijou-se com a posição do líder do partido, João Lourenço, que considerou não ser possível a realização de eleições autárquicas este ano.

Os membros do Conselho da República de Angola consideraram, na sua maioria, que não há condições para realizar as primeiras eleições autárquicas em Angola, como estava prevista para este ano, “por falta de condições”.

A UNITA, maior partido na oposição, acusou o MPLA de incumprimento em relação à promessa sobre a realização das eleições autárquicas este ano, sublinhando que o partido no poder teme o pleito.