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Sábado, 18 Mai 2019 19:36

Airbus vai construir satélite (Angosat-3) para observação da Terra para Angola

Angola vai usar satélites de observação franceses, nos termos do acordo sobre "observação da Terra" assinado na quinta-feira pelos governos francês e angolano, noticia hoje a imprensa de Luanda.

Citando declarações do ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, que terminou na sexta-feira uma visita de trabalho a França, a agência noticiosa angolana Angop refere que o acordo rubricado envolve, do lado francês, a Airbus e, do lado de Angola, o Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação.

Na notícia não estão indicados os valores do negócio.

Na quinta-feira, Angola e França assinaram, em Paris, dois instrumentos jurídicos no domínio da "observação da Terra", acordos assinados por Manuel Augusto e pelo homólogo francês, Jean-Yves Le Drian.

Segundo uma nota então enviada à agência Lusa, em que não foram adiantados pormenores sobre os conteúdos dos acordos, a cerimónia de assinatura marcou o fim de uma visita de uma delegação angolana a França, no quadro das conversações sobre consultas políticas bilaterais tidas entre os dois países a nível multissetorial.

À margem da reunião, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, reuniu-se com o diretor-geral Adjunto da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Bertrand Walckemaer, com quem analisou as potencialidades angolanas para novos investimentos de empresários franceses.

Durante a visita de três dias, que terminou na noite de sexta-feira, Manuel Augusto entregou uma carta dirigida pelo Presidente angolano, João Lourenço, ao homólogo gaulês, Emmanuel Macron, cujo conteúdo não foi revelado.

Por outro lado, Manuel Augusto oficializou, ainda em Paris, a candidatura de Angola a membro observador da Organização Internacional da Francofonia (OIF), documento entregue na quarta-feira à diretora-geral da OIF, Louise Mushikiwabo.

Sobre este ato, o chefe da diplomacia de Angola afirmou que marca "a materialização de um desejo expresso publicamente" por João Lourenço.

A decisão, prosseguiu o ministro, baseia-se no facto de Angola possuir relações "privilegiadas" com países francófonos, além de permitir reforçar a integração com os vizinhos em particular, e com a comunidade francófona, em geral.

A intenção de Angola aderir à OIF, inicialmente com o estatuto de observador, foi apresentada em fins de maio de 2018, num encontro que João Lourenço teve em Paris com Emmanuel Macron, no âmbito de uma visita oficial a França, em que o chefe de Estado gaulês manifestou apoio.

A cooperação entre Angola e França desenvolve-se nas áreas da saúde, águas, saneamento básico, ensino superior, formação de quadros, ciência e tecnologia. No domínio empresarial, destacam-se os setores dos petróleos, transportes, comércio, indústria e telecomunicações.

João Lourenço visitou oficialmente a França em fins de maio de 2018, na primeira deslocação enquanto chefe de Estado angolano à Europa.

Foi recebido pelo homólogo francês, Emmanuel Macron, que deverá retribuir a deslocação no final deste ano ou no início do próximo.

Durante a estada de João Lourenço em França foram assinados, entre outros, vários acordos de cooperação económica e nas áreas da Defesa, Agricultura e Transportes Aéreos.

As relações diplomáticas entre Luanda e Paris foram estabelecidas em fevereiro de 1976, data em que a França reconheceu a independência da então República Popular de Angola.

No entanto, as bases para o reforço da cooperação bilateral foram criadas por via da assinatura do Acordo Geral de Cooperação, em julho de 1982.

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