Os manifestantes exigem de igual modo a instalação de serviços sociais básicos nos novos bairros da Chavola e do Kwawa, com realce para a energia eléctrica, água potável e vias de acesso, por embaraçarem a convivência das famílias realojadas no espaço do Caminho de Ferro de Moçamedes (CFM).
Um dos organizadores da marcha, o activista cívico Andrade Custódio, explicou ao Jornal de Angola que a província se confronta com situações que embaraçam a boa convivência das famílias e diz estar longe da normalização dos casos que merecem atenção, num curto espaço de tempo por parte das autoridades.
Andrade Custódio considera inacreditável o que se está a viver nos hospitais espalhados em vários pontos. Lembrou que os pacientes não encontram absolutamente nada e para serem assistidos têm de arcar com todas as despesas, sendo que muitos estão desprovidos de recursos para o efeito. Na manifestação, que teve a protecção efectiva da Polícia
Nacional, esteve o professor Alberto Kessonguelali, motivado por haver ainda um número considerável de alunos a estudar ao ar livre com todos os riscos. “As aulas debaixo das árvores já são inadmissíveis”.
A época chuvosa passou, disse Alberto Kessonguelali, mas o sofrimento dos professores e alunos não acabou. “O cacimbo trás consigo ventos fortes, poeira, remoinhos e outras situações capazes de embaraçar o processo de ensino e aprendizagem”.
Os manifestantes que exigem mesmo a destituição do governador provincial da Huíla, João Marcelino Tyipinge, prometeram continuar com os protestos até que se normalize o estado actual dos hospitais, escolas, estradas, energia eléctrica, água potável e sanidade. JA