"Quem desprestigiar o Governo ou o denegrir de alguma maneira será proibido de viajar para o estrangeiro", anunciou o director-geral do Departamento de Imigração, Sakib Kusmi, ao jornal The Star.
De acordo com a mesma fonte, a proibição está em vigor e aplica-se também aos cidadãos malaios que criticam o Executivo a partir do exterior, passando a proibição a ser efectiva a partir do momento que regressem ao país.
Para Sakib Kusmi, a posse de um passaporte malaio não é um privilégio, mas sim um direito.
"O passaporte internacional malaio é um documento de viagem emitido pelo Governo (...) Assim, o Governo tem o poder de emitir, suspender ou revogar o documento de viagem", assegurou Sakib, evitando avançar com o número de afectados até ao momento.
Nos últimos tempos, activistas, opositores e dissidentes neste país do Sudeste asiático têm sido detidos em postos de controlo de imigração quando pretendem sair do país, sem que as autoridades dêem alguma justificação para a decisão.
Entre os afectados encontra-se o deputado do Partido de Acção Democrática, Tony Pua, crítico do primeiro-ministro, Najib Razak, envolvido num escândalo de corrupção.
Impedida de viajar para o estrangeiro está também Maria Chin Abdullah, uma das líderes do movimento Bersih 2.0, que reclama eleições livres e transparentes, e o activista Hishamuddin Rais, que esta semana evitou uma pena de prisão por uma acusação de fomentar tumultos.
DN