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Quarta, 27 Dezembro 2017 11:21

Rússia perdeu conexão com satélite angolano AngoSat1

A agência espacial russa Roscosmos perdeu conexão com o primeiro satelite de telecomunicações AngoSat. O satélite foi lançado no cosmodrome de Baikonur na terça-feira, 26 de dezembro.

Os representantes da Roscosmos relataram originalmente que o foguete Zenit-2SB instalou o satélite em órbita com sucesso. No entanto, a conexão com o satélite foi perdida depois que ele se separou do estágio superior.

"O estágio do foguete Fregat estava mantendo contato regular […] com o satélite angolano, todos os sistemas estavam funcionando normalmente, contudo, o último contato foi perdido e a telemetria parou de vir", assinalou a fonte.

"A conexão pode ser perdida por falha do transmissor, falha na bateria ou computador digital", disse uma fonte à Interfax, especialistas acrescentaram que podem restabelecer a conexão. "Esta é uma situação padrão, isso às vezes acontece. Naturalmente, há chances de que a comunicação e a telemetria com o satélite sejam restauradas, e ela continuará funcionando como de costume", disse a fonte.

Receia-se que este possa ser um novo revés para a Roscosmos, depois de, a 28 de novembro, a agência espacial russa ter perdido o contacto com o foguete Soyuz 2.1b, poucos minutos após o lançamento, que se destinava a colocar em órbita, entre outros, o satélite meteorológico Meteor-M.

De acordo com a fonte, o AngoSat-1 pode vir a ser reconhecido como inoperante.

Contudo, outra fonte de especialistas espera que se recupera o contato perdido com o satélite angolano em 11 horas.

"Ainda há esperança de que o contato com o aparelho seja recuperado. Temos aproximadamente 11 horas para que isso aconteça", segundo a fonte de especialistas.

O governo angolano, que investiu cerca de 320 milhões de dólares no projeto, o AngoSat foi projetado para uma missão de 15 anos, que consistirá no fornecimento de internet de alta velocidade e transmissões de rádio, televisão e outras comunicações para toda a África e partes da Europa.

Na semana passada, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, disse que comercialmente 40% da capacidade do satélite já estava reservada e que o Estado angolano estima a recuperação do investimento em pelo menos dois anos.

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