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Segunda, 13 Novembro 2017 00:10

Fundação de Eduardo dos Santos terá recebido milhões de empresa espanhola – El Mundo

A procuradoria anti-corrupção espanhola investiga uma comissão paga pela empresa Mercasa à fundação com o nome de José Eduardo dos Santos que pode ter chegado aos dez milhões de euros.

A Justiça espanhola descobriu alegados pagamentos de milhões de euros de uma empresa pública espanhola a uma fundação do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, noticiou o jornal El Mundo.

A procuradoria anti-corrupção espanhola investiga uma comissão paga pela empresa Mercasa à fundação com o nome de José Eduardo dos Santos que pode ter chegado aos dez milhões de euros num negócio de construção de um mercado de abastecimento na capital angolana, Luanda, no valor de 533 milhões.

Os advogados dos visados afirmam que não foi tanto dinheiro porque parte do contrato foi cancelado, mas mesmo no cenário mais modesto, a comissão nunca terá sido inferior a seis milhões de euros.

Os 2% que se destinavam ao então Presidente terão saído de dinheiro público angolano pago ao consórcio público-privado da Mercasa que construiu o mercado.

O desvio de fundos terá sido feito através de um intermediário que está em Angola, Guilherme Taveira Pinto, cuja casa, situada em Linda-a-Velha, Oeiras, foi alvo de buscas em 2014 no âmbito de outro caso de venda de armas de uma empresa espanhola a Angola, em que também foi intermediário e na qual desapareceram 100 milhões de euros.

O suspeito, que está em Angola em fuga de um mandado internacional de detenção, terá remetido o dinheiro que recebeu à fundação, descobriram os investigadores, que analisaram também contas de correio electrónico.

Papa Francisco reza pela conversão dos corruptos

O Papa Francisco alertou, sexta-feira, no Vaticano, para a “corrupção quotidiana” que está a criar uma “rede” da qual é difícil sair, pedindo a oração pela conversão dos corruptos.

"São poderosos eles, não é? Quando fazem ‘redes de corrupção’ são poderosos, chegam a cometer atitudes mafiosas”, advertiu, na homilia da Missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta.

Francisco sublinhou que a corrupção surge “todos os dias nos jornais”, sobretudo com aqueles que têm a responsabilidade de “administrar os bens do povo”. "É também uma boa oportunidade para rezar pelos corruptos. Fala-se de poluição atmosférica, mas também há uma poluição da corrupção na sociedade. Rezemos pelos corruptos: pobrezinhos, que encontrem o caminho para sair daquela prisão na qual eles quiseram entrar”, concluiu.

Por outro lado, numa mensagem, divulgada ontem, o Papa Francisco defendeu a importância da misericórdia e da formação da consciência para superar os problemas familiares por parte dos católicos. “Jesus indica como remédio a misericórdia, que cura a dureza do coração, restaurando as relações entre esposo e esposa e entre pais e filhos", refere, na mensagem enviada aos participantes do simpósio de estudo sobre exortação pós-sinodal «A Alegria do Amor», promovido pela Conferência Episcopal Italiana. O ‘Evangelho do amor, entre consciência e norma’ é o tema da iniciativa que reuniu ontem, sábado, em Roma, bispos, teólogos, professores, agentes de pastoral, reitores de seminários e delegados da pastoral familiar de outros países europeus.

O Papa adverte para a confusão entre “primado da consciência” e a “autonomia exclusiva do indivíduo com respeito às relações que vive”.

A mensagem destaca a necessidade de “formar” a consciência de cada pessoa. “No íntimo de cada um de nós existe um lugar onde o Mistério se revela e ilumina a pessoa, precisa Francisco. 

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