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Sexta, 22 Setembro 2017 11:20

Filho de deputado da UNITA baleado no domingo morreu esta manhã

Joaquim Pascoal Nafoia, de 20 anos, filho do deputado da UNITA Joaquim Nafoia, morreu às 5h da manhã de hoje no Hospital Josina Machel, em Luanda, onde estava internado após ter sido ter sido baleado na cabeça no último domingo, 17, alegadamente por um agente da Polícia Nacional (PN).

"Os médicos tudo fizeram, mas a bala atingiu a região do crânio, e o meu filho não teve mesmo chances de sobrevivência", confirmou ao Novo Jornal Online o deputado Joaquim Nafoia.

"O óbito terá lugar na minha residência, no bairro da Fubu, município de Kilamba Kiaxi", acrescentou Nafoia, que deixou claro que vai abrir um processo-crime contra a Polícia.

Antes da morte do filho, o deputado disse ao Novo Jornal Online: "O meu filho estava com três amigos naquela noite. Por volta das 20h apareceram três indivíduos com uniformes da Polícia Nacional. Um deles pegou no braço do meu filho, deu-lhe um empurrão e depois fez o disparo sem lhe dar oportunidade de falar", conta o deputado.

O político, que reconstitui os acontecimentos, ocorridos na noite do último domingo, 17, no bairro da FUBU, em Luanda, a partir do testemunho dos amigos do filho, garante que o atirador já está identificado, pertencendo à esquadra local.

"O sujeito que fez o disparos na cabeça do meu filho, é filho de um comandante de uma das divisões da Polícia de Luanda. Já identificámos o camarada mas a Polícia está a ocultar as coisas...", acusa, garantindo que vai lutar para que a justiça seja feita.

O parlamentar não teve dúvidas de que a acção teve motivação política.

"Esta é a segunda fez que acontece coisa do género com os meus filhos. O meu primeiro filho também foi vítima de assassinato em Outubro do ano passado. Desde essa data que a Polícia nunca se pronunciou sobre o acto protagonizados pelos seus efectivos", disse, reforçando a ideia de que está a ser vítima de perseguição política.

"Se querem fazer alguma coisa, façam a mim não os meus filhos. Não sei qual foi o mal que fiz para tanta perseguição à minha família", desabafou.

Contactado pelo Novo Jornal Online, o intendente Mateus Rodrigues, director provincial de comunicação institucional imprensa do Ministério do Interior, confirmou na oportunidade que o caso está a ser investigado pelas autoridades e anunciou que mais dados seriam fornecidos numa conferência de imprensa agendada para quarta-feira, mas entretanto cancelada.

NJ

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