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Quinta, 29 Dezembro 2016 18:47

Casa própria e fim da crise entre os desejos angolanos para 2017

O sonho da casa própria e o fim da crise que Angola vive desde 2014 são alguns dos desejos que mais se ouvem da parte dos angolanos em Luanda para o próximo ano, que será de eleições gerais no país.

É o caso da funcionária pública Eugénia Luís, de 39 anos, que, como milhares de outras famílias angolanas, espera poder realizar um dos sonhos não concretizados em 2016: ter uma casa própria.

«O ano de 2016 para mim foi razoável porque não consegui adquirir aquilo que eu esperava ter, infelizmente não consegui, espero ter em 2017 muita saúde e vida, para poder construir a minha própria casa e espero ainda que a crise que o país vive tenha fim, porque estamos a sofrer muito», desabafou, em conversa com a Lusa.

O discurso - ou pelo menos o desejo - do fim da crise também faz parte dos pedidos do estudante Manuel José, de 20 anos, que já pensa em entrar na sala de aula como professor.

«Espero pelo fim da crise para conseguir ingressar na função pública, porque quero ser professor e que possamos mudar o rumo das coisas», aponta.

«Nós, os jovens, só poderemos ajudar a construir um novo país se tivermos empregados numa empresa pública ou privada. E como 2017 é ano de eleições, apenas espero mudanças», conta.

A comerciante de carne Valentina Manuel contou à Lusa que espera concretizar o sonho de construir um talho e não coloca de parte o desejo de ter a sua própria casa.

«Apesar da crise, o ano para mim esta a ser bom e em 2017 gostaria de realizar muita coisa. Entre elas terminar a construção da minha casa, ter um carro próprio, e como sou vendedora de carne gostava também de construir um talho», atira.

Menos desemprego e menos «sofrimento» são os outros anseios desta comerciante de 39 anos.

«Espero que o nosso país melhore cada vez mais e que o povo angolano deixe de sofrer, que haja mais trabalho para as pessoas desempregadas e mais educação», afirma.

Ver a taxa de câmbio reduzida e mudanças na família e na sociedade é o desejo da jovem Manuela de Carvalho, por considerar que 2016, em Angola, foi «um ano de sobrevivência».

«Primeiro o câmbio [kwanza/dólar] tem que baixar, depois espero mudanças na sociedade e na família, e porque será um ano eleitoral espero apenas melhorias, porque ninguém aguenta crise, sobrevivemos a crise e como será o ano das eleições, vamos ver no que vai dar», atira Manuela.

Lusa

 

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