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Segunda, 22 Agosto 2016 22:37

Congresso do MPLA foi "um teatro" - Nuno Dala

"Um teatro programado". É assim que o activista angolano, Nuno Dala, apelida o VII congresso Movimento para a libertação de Angola (MPLA) que terminou este fim-de-semana. O activista vai mais longe e afirma que a renovação do comité central do país foi preparada para manter a hegemonia do MPLA no controlo do Estado.

Em entrevista ao programa Panorama 3.0, da Rádio Morabeza, Nuno Dala afirma que o congresso foi uma encenação da alegada saída de José Eduardo dos Santos da política, agendada para 2018.

“Por exemplo, temos um comité central, aparentemente, renovado a 40 por cento mas que mantém aquela espinha dorsal humana e política preparada para manter a hegemonia do MPLA e o controlo do Estado, tal como as más praticas de governação que remetem a maioria para a exclusão social”, aponta.

Sobre o discurso do dirigente do MPLA e chefe de Estado angolano, o activista entende que José Eduardo dos Santos “deu um tiro no próprio pé”.

“Ele está a criticar a si e aos seus pares mas é apenas um malabarismo da disputa política, cujo objectivo é iludir os angolanos de que o presidente está realmente interessado em levar a cabo um processo que se traduza em reformar essa estrutura injusta, que permite que tão poucos tenham tudo e a maioria, ou a quase a totalidade da população, não tenha quase nada”, analisa.

Dala sublinha que “a transição que o Presidente da República angolano está a fazer é feita à sua maneira, para preservar os seus interesses".

Expresso das Ilhas

 

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