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Terça, 24 Novembro 2015 14:45

Presidente da TAAG avisa que os tempos de desvio de fundos acabaram

A companhia aérea angolana, TAAG, "enfrenta a maior crise financeira da sua história" e "o Governo não está apto a dar o apoio suficiente para cobrir as necessidades de tesouraria" da empresa. O aviso foi feito pelo novo presidente executivo da TAAG, Peter Hill, num encontro com directores da transportadora.

A transportadora angolana registou em 2014 prejuízos de 89 milhões de euros. Já este ano, o Governo assinou um contrato de gestão da TAAG pela Emirates, durante um período de cinco anos (2015-2019) prevendo que no fim do mesmo a TAAG atinja resultados operacionais positivos de 94 milhões de euros.

Peter Hill, nomeado no âmbito do acordo de parceria entre a TAAG e a Emirates, anunciou, na reunião mantida a 19 de Novembro, que "um dos primeiros sacrifícios" a fazer, "este mês [Novembro] e provavelmente o próximo" é o de cortar nos vencimentos do pessoal da companhia, pagando apenas o salário base.

"De momento não podemos aceitar fraco desempenho, absentismo, negligência ou indisciplina. O nosso negócio é transportar passageiros e gerar receita em vez de custos" acrescentou o gestor, avisando que "não haverá retorno aos velhos tempos de performance indiferente, de enganar a companhia e de apropriação indevida dos fundos da companhia e de equipamentos".

Peter Hill fez o retrato do que encontrou na TAAG e revelou o seu desagrado. "Muitos excessos, equipamentos em duplicado, armazéns com enormes quantidades de tudo", práticas que "duram nos dias de hoje". E de seguida responsabilizou: "é vossa responsabilidade assegurar que todas as compras serão absolutamente vitais para a vossa operação e que o actual stock justifica a aquisição, pois estão a ser monitorizados e serão responsabilizados pelas más práticas".

Novo Jornal

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