Quinta, 28 de Março de 2024
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Sexta, 09 Outubro 2015 06:22

Presidente angolano surdo e mudo na onda de solidariedade para os ativistas

Em solidariedade, dezenas de pessoas concentram-se esta quinta-feira (08.10) no Largo da Independência, em Luanda, numa vigília para exigir a libertação dos ativistas que se encontram detidos há mais de 100 dias.

Assim cresce cada vez mais, dentro e fora de Angola, um amplo movimento de solidariedade para a libertação dos ativistas, considerados presos políticos do regime angolano.

O Presidente José Eduardo dos Santos tem optado pelo silêncio face aos apelos de dezenas de figuras da sociedade civil e organizações de defesa dos direitos humanos nacionais e internacionais.

Entre as figuras nacionais que já escreveram ao Presidente a pedir a libertação dos ativsitas estão individualidades como o escritor Pepetela e os músicos Paulo Flores e Bonga.

A 17 de julho, o jornalista e defensor dos direitos humanos Rafael Marques também enviou uma carta berta ao Presidente da República pedindo não só a libertação dos ativistas, mas também para que se possa pautar por uma governação dialongante.

Há três meses sem qualquer resposta do chefe de Estado, Marques tece duras críticas: “Nós temos um Presidente que é teimoso, que despreza o seu próprio povo, não ouve os apelos, não ouve o grito de sofrimento do seu povo. Nós temos autoridades que já não ouvem. Causam tanto sofrimento ao povo que já estão insensíveis. O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, é insensível, é um homem desumano e temos o seu séquito que só cumpre ordens.”

Proibição de visitar detido

Na manhã desta quinta-feira (08.10), um grupo de ativistas e familiares deslocou-se à cadeia de Calomboloca. No entanto, foram proibídos de estar em contacto com Luaty Beirão.

 É público que o estado de saúde de Nito Alves, outro ativista detido, se tem também deteriorado

É público que o estado de saúde de Nito Alves, outro ativista detido, se tem também deteriorado

Entre os visitantes estava o jornalista Coque Mukuta: “Insistimos, não só eu mas mais um outro jornalista e quatro ativistas que também não tiveram a oportunidade de visitar o Luaty. Tudo porque alegam uma suposta proibição”, conta.

Para Mukuta a proibição tem um objetivo claro: “tudo principalmente para impedirem que as pessoas possam ter informação daquilo que é o verdadeiro estado de saúde do Luaty. O Luaty está a degradar-se cada vez mais em termos de saúde.”

DW Africa

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