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Segunda, 13 Abril 2015 22:38

FSDEA cria incubadoras de micro-negócios para empreendedores

O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) anunciou hoje, segunda-feira, a constituição de cinco fundos adicionais de investimentos dedicados às indústrias de alto rendimento e à promoção do desenvolvimento socioeconómico de Angola e da região subsaariana.

Segundo uma nota de imprensa a que a Angop teve acesso, em Luanda, com um volume de investimento inicial de USD 1,4 biliões ao longo dos próximos três a cinco anos, os fundos servirão para investimentos de capital de risco nos ramos da mineração, madeira, agricultura, saúde e para capital estruturado, através de um fundo mezanino.

O fundo inclui também o estabelecimento de uma sociedade comercial centrada na criação de incubadoras de micro-negócios para os empreendedores nacionais.

José Filomeno dos Santos, Presidente do Conselho de Administração do FSDEA, disse que “Os novos ramos abrangidos pelo investimento do Fundo Soberano de Angola representam sectores de elevado potencial e sustentabilidade, com vários benefícios não financeiros, tais como a geração de novos empregos e a formação profissional.

Na sequência da estratégia de preservação de capital implementada inicialmente pelo Fundo desde Janeiro de 2014, estas novas alocações vão promover o desenvolvimento socioeconómico e gerar receitas para as gerações vindouras.

Dado o difícil contexto fiscal que se vive, o PCA refere que os investimentos são extremamente oportunos porque permitem alavancar o desenvolvimento económico necessário para diminuir a dependência do Estado nas receitas provenientes do petróleo bruto.

Com os vastos depósitos minerais de África a apresentarem um potencial importante para as empresas de exploração mineira, o Fundo de Investimento de Capital de Risco em Minas investirá USD 250 milhões este ramo ao longo dos próximos cinco anos.

O documento com foco na África Subsaariana e principalmente em Angola, detentora de um dos subsolos mais ricos da região, considerará oportunidades de investimento nas várias fases da mineração, desde a exploração à modernização e expansão.

O Fundo de Investimento de Capital de Risco para a Madeira do FSDEA investirá USD 250 milhões em investimentos na exploração da madeira ao longo dos próximos cinco anos.

A nota acrescenta que os investimentos nos recursos florestais são fundamentais para a promoção do desenvolvimento rural, trazendo a estabilidade necessária e os empregos para as suas carentes comunidades, assim como os projectos florestais são igualmente uma base sólida para a transformação de comunidades marginais em comunidades prósperas na zona rural.

A agricultura e o agro-negócios são um ramo fundamental no continente, porque empregam a maior força de trabalho activa e representam quase metade do PIB, as ineficiências técnicas neste ramo penalizam a produção da região subsaariana.

O Fundo de Investimento Capital de Risco para a Agricultura, constituído pelo FSDEA, alocou USD 250 milhões para o ramo da agricultura para capitalizar este sector que se encontra já em franco crescimento. Em última análise, a referida alocação também contribui para apoiar os objectivos sociais, como o emprego nas zonas rurais e a segurança alimentar.

O investimento no ramo da saúde é fundamental para o crescimento sustentável do continente, por este motivo, o Fundo de Investimento de Capital de Risco para a Saúde investirá USD 400 milhões ao longo dos próximos três anos.

O fundo vai focar-se nos países com o maior potencial de retorno e apoio governamental a saúde, como Angola, Camarões, Gana, Quénia, Moçambique, Nigéria e África do Sul.

Por último, o Fundo de Investimento de Capital Mezanino do FSDEA vai apoiar o empreendedorismo onde o financiamento através da dívida tradicional não seja aplicável, alocando USD 250 milhões ao longo dos próximos cinco anos.

A estruturação de capital Mezanino visa atender às necessidades dos sectores predominantemente conduzidos pelo empreendedorismo, um elemento crítico que guia a prosperidade de uma nação.

Para apoio aos empreendedores nacionais foi também recentemente estabelecida uma sociedade comercial que terá como alvo os micro-empresários nacionais. Este investimento almeja providenciar a orientação de gestão, desde a estratégia do negócio ao sucesso comercial.

A iniciativa destina-se aos empreendedores nacionais que laboram no sector informal, onde normalmente não existe acesso a aconselhamento e investimento privado. Este compromisso representa a primeira iniciativa de integração social no País, que se realiza sob forma de um empreendimento comercial sustentável.

Os cinco fundos de investimento recentemente anunciados somam-se aos dois já existentes, divulgados no terceiro trimestre de 2014; nomeadamente o Fundo de USD 1,1 biliões, dedicado à Infra-estrutura, que investe em PPPs, privatizações e grandes desenvolvimentos industriais e o Fundo Hoteleiro de USD 500 milhões preencher a lacuna significativa da capacidade de gestão hoteleira com padrões internacionais na região.

As sete novas entidades consistem em sociedades de responsabilidade limitada, estabelecidas com eficiência fiscal e certificadas pela Comissão de Serviços Financeiros (FSC, Financial Services Commission) da República das Maurícias.

A FSC licencia, regula, controla e supervisiona o exercício de actividades empresariais no sector dos serviços financeiros não bancário, através um quadro jurídico aceite internacionalmente, que inclui a Lei dos Serviços Financeiros, a Lei de Títulos e a Lei do Seguro.

ANGOP

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