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Segunda, 22 Outubro 2018 23:50

Garimpo persiste nas áreas diamantíferas da Lunda-Norte

O avião da Força Aérea Nacional, um Il, matrícula T702, partiu de Luanda às 7h:30 da manhã com destino ao Dundo, na província da Lunda-Norte.

A bordo iam mais de 30 jornalistas, entre nacionais e correspondentes da imprensa estrangeira com a missão de reportar o processo de repatriamento voluntário dos estrangeiros ilegais. Cerca de 1 hora e 50 minutos depois escalávamos o Aeroporto de Kamakenzo, para no período da tarde sobrevoarmos as áreas de exploração diamantífera do município do Lucapa, uma das mais assoladas pelo garimpo nas últimas décadas.

De volta às nuvens, a bordo de um helicóptero da Força Aérea, MI 8, por volta das 15h30, a lente da nossa máquina fotográfica captava grupos de garimpeiros que em diferentes pontos escavavam e lavavam o cascalho à procura de diamantes. Alguns metiam-se em fuga e outros controlavam o movimento do helicóptero para se assegurarem de qual era o propósito das diferentes voltas.

Houve ainda, porém, alguns que se mostravam indiferentes perante a nossa presença, num claro sinal de que não estavam preocupados com os efeitos da “Operação Transparência”. Comunidades no meio da mata Os grupos de cidadãos que continuam a fazer o garimpo de diamantes construíram pequenas cabanas de papelão, sacos plásticos e chapas próximo das zonas de exploração que usam para dormir à noite e assim se abrigarem do frio e da chuva.

Estes locais, de difícil acesso, encontram- se no meio da mata e adjacentes aos rios, muitos dos quais com cursos desviados pelo homem. Uma fonte local da Polícia Nacional (PN) revelou que os responsáveis da “Operação Transparência”, têm conhecimento da existência desses grupos, muitos dos quais trabalham e são protegidos por oficiais do Exército e da própria corporação. OPAIS

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