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Terça, 07 Agosto 2018 16:00

Cólera matou seis pessoas de 86 suspeitos em Luanda desde maio

A cólera matou desde maio seis pessoas em Angola, existindo 12 casos confirmados entre os 86 casos suspeitos registados até hoje, só na província de Luanda, informaram hoje as autoridades sanitárias.

Os dados foram hoje avançados à agência Lusa pela diretora provincial de Luanda de Saúde, Rosa Bessa, depois de um encontro do grupo técnico da Comissão Provincial de Combate às Endemias, que analisou a situação da doença na capital angolana.

Segundo Rosa Bessa, a Comissão Interministerial e o Governo Provincial de Luanda reuniram esforços para combater a doença que, nos últimos quatro meses, causou, segundo dados do Ministério da Saúde, seis óbitos dos 12 casos confirmados laboratorialmente.

"As grandes preocupações iniciais foram com o município de Talatona, mas agora estamos preocupados com o de Cacuaco", disse Rosa Bessa, salientando que o ponto preocupante naquele município a norte de Luanda é a zona do Monte Belo.

Rosa Bessa salientou que o administrador de Cacuaco, recentemente nomeado, também participou na reunião, tendo manifestado o seu empenho para que se consiga cortar a cadeia de transmissão.

A responsável sanitária disse que os apelos à população têm sido no sentido de se dirigirem imediatamente ao hospital em caso de diarreia e vómitos, sintomas da doença, dando início ao processo de hidratação do doente a partir de casa.

"É necessário também que se tomem as devidas medidas em casa e consumir água depois de a ferver ou a desinfetar com lixívia como medidas de prevenção", indicou Rosa Bessa.

Outros surtos de cólera afetaram igualmente, este ano, as províncias do Uíge e de Cabinda, ambas no norte de Angola, que atingiu, na primeira, mais de 600 pessoas, causando mais de uma dezena de mortos, e, na segunda, mais de dez casos e pelo menos um óbito, registados em fevereiro passado.

A débil situação de saneamento básico e o uso de água inapropriada para o consumo, devido a problemas de abastecimento à população, são as principais causas apontadas pelas autoridades sanitárias para o surgimento destes surtos.

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