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Domingo, 24 Julho 2016 10:16

Manifestações em Luanda só de acordo com a lei - Higino Carneiro

O governador provincial e primeiro secretário do MPLA em Luanda, Higino Carneiro, disse que não se opõe à realização de manifestações contra o Governo, desde que respeitem a lei em vigor.

Ao falar no acto político realizado no final da marcha de apoio à candidatura de José Eduardo dos Santos à presidência do MPLA, que teve lugar em Catete, o governador disse que não vê incómodo que se realizem manifestações, se forem observadas as normas legais.

Higino Carneiro informou que semanalmente tem recebido cartas a pedirem a realização de manifestações durante as horas normais de serviço, em locais movimentados, acrescentando que estes pedidos servem apenas para criar conflitos e depois dizerem que estão a ser impedidos de se manifestar.

 “Aos cidadãos que querem realizar manifestações contra o Presidente José Eduardo dos Santos no sentido de criarem desordem pública no seio das populações, nós militantes do MPLA não vamos permitir que tal acto se realize”, sublinhou Higino Carneiro.

Repúdio da violência 

Higino Carneiro informou da existência de representantes da oposição que incitam o povo a revoltar-se, dizendo que o povo está manietado por José Eduardo dos Santos e por Manuel Vicente, e que eles não permitem que as pessoas trabalhem, se manifestem ou coloquem os seus problemas.

“O povo angolano manifestou-se quando decidiu pegar em armas e ser independente”, referiu Higino Carneiro. “Apesar desta independência, conquistada com muito sacrifício, muitos deles que estão a falar são aqueles que se juntaram aos racistas sul-africanos, ao Mobutu, aos mercenários para procurar dividir Angola e até chegaram a proclamar independências do país no Huambo e no Zaire, que não foram reconhecidas”, disse.

Higino Carneiro lembrou ainda que são os mesmos políticos que promoveram as guerrilhas, destruíram postos de electricidade em Catete, espalhando chamas todos os dias com ataques a viaturas. “Se um dos objectivos que levaram à luta de libertação era conquistar a independência nacional, o que é que eles queriam mais, se já éramos independentes?”, interrogou.

O primeiro secretário provincial do MPLA garantiu que Angola regista mudanças significativas que é preciso reconhecer. “Quem viveu até 1975 sabe que Angola não era como é hoje. Há mudanças significativas que temos que aceitar, porque somos partícipes deste trabalho. Ninguém nos pode enganar. Cada um de nós colocou uma pedra no alicerce deste país. Não vamos permitir que aventureiros venham perturbar e criar dificuldades no povo, provocando a discórdia entre nós.”

JA

 

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