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Quarta, 06 Junho 2018 18:17

Angola formaliza adesão à comunidade anglófona "Commonwealth"

Nos últimos dias, Luanda fez saber que quer entrar na Organização Internacional da Francofonia e na Commonwealth. No périplo do novo Governo pela Europa, Portugal não foi incluído. O que significa esta mudança?

A intenção foi divulgada esta quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, escreveu no Twitter,: “Esplêndido que Angola queira juntar-se à família da Commonwealth”, isso não terá espantado a diplomacia portuguesa.

A notícia surge dias depois de, em Paris, o novo Presidente angolano, João Lourenço, eleito em Setembro, ter anunciado que Luanda também vai pedir adesão à Organização Internacional da Francofonia.

Diplomatas ouvidos pelo PÚBLICO notam o facto de João Lourenço não ter sequer incluído Portugal no seu primeiro périplo europeu e, uma vez no continente, ter feito uma aproximação explícita aos clubes anglófilo e francófono, relegando a comunidade lusófona para terceiro lugar.

“Angola escolheu Paris e agora Bruxelas”, concorda o deputado social-democrata Paulo Neves, membro da Comissão de Negócios Estrangeiros da Assembleia da República e que acompanha a política africana e a CPLP. “Se a lusofonia fosse a prioridade, a primeira visita teria sido a Portugal e à sede da CPLP”, disse ao PÚBLICO.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros explica que esta decisão se insere “numa articulação com os países vizinhos”, mas também de alargar as perspetivas de política externa“, o que “é positivo [e] fica bem a uma potência regional”.

Martins da Cruz recorda ainda que Moçambique faz parte da Commonweath há mais de 20 anos e que Cabo Verde e a Guiné fazem parte Organização Internacional da Francofonia “e isso não é nada e extraordinário“. Além disso, Timor também está a pedir para aderir à ASEAN, tudo numa lógica de boa vizinhança e de integração regional. 

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