“A situação melhorou significativamente. Dos 2.080 professores suspensos, neste momento ficamos apenas com 97, no mês de julho quase que todos foram reinseridos”, disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Cultura e Comunicação Social do Huambo, Adriano dos Santos.
Neste caso, adiantou, o Ministério das Finanças e Educação a nível provincial comprometeu-se neste mês a reinserir os restantes.
O sindicato disse aguardar o mês de agosto para perceber se ainda faltará algum, mas afirma-se "satisfeito, desde já".
Naquela província angolana, os professores que estavam sem salários desde abril estavam a ser apoiados com uma cesta básica, por iniciativa do sindicato,que gastou em abril quatro milhões de kwanzas (mais de 13 mil euros), conforme noticiou a Lusa.
O Ministério das Finanças de Angola suspendeu, em abril, os salários de mais de 64.000 funcionários públicos por alegada dupla "efetividade e falta de documentos", medida contestada por trabalhadores e sindicatos. Cerca de 20.000 funcionários foram mesmo desativados definitivamente pelo Ministério das Finanças.
No caso da província angolana do Huambo, estavam sem salários cerca de 2.080 professores, mas em maio, disse o sindicalista, mais da metade foi reativada deixando ainda de fora um total de 904 docentes, número que em julho ficou reduzido para apenas 97 professores.
O Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Cultura e Comunicação Social do Huambo promoveu mesmo de 30 de maio a 15 de junho uma greve interpolada para protestar contra esta medida do Ministério das Finanças.