"Estou satisfeito e desde o início que considerava que eu iria ser vitorioso. É uma vitória para São Tomé e Príncipe, uma vitória para o povo de São Tomé e Príncipe", afirmou Evaristo Carvalho, que agradeceu o apoio da Ação Democrática Independente (ADI), no poder.
"É uma vitória para o meu partido, para os meus companheiros de partido, a quem agradeço muito o apoio e a confiança. Podem confiar em mim porque eu vou exercer a função de Presidente da República com toda a seriedade, toda a lealdade e sempre contribuindo para o avanço de São Tomé e Príncipe", disse aos jornalistas, pouco depois de terem sido anunciados os resultados, ainda provisórios das eleições de domingo, em que foi eleito Presidente à primeira volta.
Evaristo Carvalho promete ser um "Presidente colaborador, conselheiro", mas também um "Presidente fiscal, sempre atento para que tudo corra dentro da normalidade".
O facto de ser da mesma cor partidária que o Governo irá ajudar à gestão do país: "É uma coligação de dirigentes que têm o mesmo pensamento, têm o mesmo programa e facilmente podem fazer entendimento e diálogo para que se trabalhe de facto em prol do país, em prol da juventude, em prol das crianças são-tomenses e em prol de toda a população".
Quanto às críticas de um risco de um poder absoluto nas mãos da ADI, Evaristo Carvalho salientou que "não é uma coisa nova" e "acontece em toda a parte do mundo" a "concentração de poderes".
"Não há ditadura", acrescentou.
Evaristo Carvalho obteve 50,1 por cento dos votos, contra 24,8 por cento de Manuel Pinto da Costa, atual Presidente, que concorria a um segundo mandato, e 24,1 por cento de Maria das Neves (apoiada pelos partidos da oposição parlamentar).
Os resultados eleitorais provisórios serão apreciados pela Comissão Eleitoral e só depois serão considerados finais. Se tudo decorrer como o previsto, Evaristo Carvalho tomará posse a 03 de setembro.
Tradicionalmente, a primeira ação formal do novo chefe de Estado é presidir ao Dia Nacional das Forças Armadas, a 06 de setembro.
LUSA