A notícia desta emboscada no distrito de Tsangano foi divulgada no mesmo dia em que a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) acusou o Governo de ter atacado o quartel do principal partido de oposição no posto administrativo de Zobué, distrito de Moatize, também no domingo e igualmente na província de Tete.
Uma porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) disse que as forças policiais estavam apenas de passagem na zona de Chibaene, distrito de Tsangano quando foram surpreendidas por tiros de militares da Renamo.
Um agente morreu a caminho do hospital e outro ficou ferido, informou a porta-voz da PRM à Rádio Moçambique.
A Renamo denunciou por seu lado, em conferência de imprensa realizada hoje, um outro ataque contra as suas forças, envolvendo militares do exército e polícias da unidade de intervenção rápida em Moatize, com mortos e feridos, embora sem mencionar números.
Na quinta-feira, segundo o porta-voz do maior partido de oposição, o exército atacou também um quartel do movimento em Funhalouro, província de Inhambane, mas sem baixas, "porque os guerrilheiros da Renamo conseguiram escapulir-se", ao contrário do que se passou no domingo.
"A mesma sorte não houve em Tete. Perante o perigo iminente, os homens da Renamo tiveram de responder, o que resultou em derramamento de sangue", descreveu.
A Renamo não reconhece os resultados das últimas eleições gerais e exige a criação de autarquias províncias em todo o país e gerir as seis regiões onde reclama vitória eleitoral, sob ameaça de tomar o poder à força.
Lusa
