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Quarta, 03 Junho 2015 23:18

"Estou a criar e a treinar um exército cristão para lutar"

Chama-se Matthew VanDyke, tem 35 anos e é de Baltimore. Com um mestrado em Estudos de Segurança tirado na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, este homem diz ter sentido o chamamento de Deus.

VanDyke está no Curdistão iraquiano a tentar travar os avanços do Estado Islâmico e foi de lá que falou em direto, através da Fox News, aos seus conterrâneos.

 “Estamos muito empatados neste momento, incapazes de continuar. Já investi uns 12 mil dólares do meu próprio dinheiro, estou a ficar falido por fazer isto. Precisamos mesmo de mais doações para ajudar os cristãos a defenderem-se a assumirem a luta contra o Estado Islâmico”, disse o norte-americano em direto.

A sua missão é acabar com a guerra que os jihadistas estão a levar a cabo contra os cristãos, mas para isso, garante, precisa de ajuda.

Van Dyke criou uma empresa, a Sons of Liberty International (SOLI), que visa “dar consultoria e treino militar gratuito às forças locais que estão a lutar contra terroristas e regimes opressivos”.

O seu “dever de Cristão” levou-o primeiro à Líbia, ainda antes da revolução que ficou conhecida como Primavera Árabe. Foi detido, feito prisioneiro, libertado, novamente feito prisioneiro e novamente libertado.

Regressou aos Estados Unidos, mas não conseguiu voltar à sua vida dita normal. Viajou então para o Iraque onde está a “criar e treinar um exército cristão para lutar” contra os extremistas do Estado Islâmico.

No entanto, os conterrâneos que o acompanhavam nesta missão acabaram por o abandonar à sua sorte, pois depois da entrevista à Fox News tiveram receio que as atividades que andavam a levar a cabo não tivessem sido autorizadas pelo governo norte-americano.

A questão, explica o jornal i, é que nos EUA a lei referente ao treino militar de cidadãos estrangeiros é muito rigorosa. Quem não a cumprir à letra arrisca pena de prisão ou pagamento de avultadas multas.

“Ninguém estava a sancionar-nos e parte dos objetivos fulcrais da SOLI é atuar onde o governo falhou. Portanto, ir pedir autorização a governos que já falharam não é particularmente produtivo”, explicou VanDyke quando questionado sobre este tema pela revista Mother Jones, tendo acrescentado e assegurado que a sua empresa “cumpriu os requisitos de registo dos EUA”.

O 'soldado de Deus' garantiu ainda que o Departamento de Estado norte-americano está muito satisfeito com os seus feitos alcançados no Médio Oriente. No entanto, acrescenta o jornal i, há quem garanta que tal afirmação não é verdadeira.

Notícias ao Minuto

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