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Segunda, 23 Mai 2016 09:31

Sonangol lucra 350 milhões de euros em abril e fecha o melhor mês de 2016 a exportar de crude

A concessionária estatal angolana Sonangol entregou em abril quase 350 milhões de euros em receitas fiscais da exportação de crude, o valor mensal mais alto do ano e que cresceu 40 por cento face a março.

Segundo dados do Ministério das Finanças de Angola compilados hoje pela agência Lusa, as receitas fiscais geradas pela exportação de crude pela Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) aumentaram de 45.722 milhões de kwanzas (245,8 milhões de euros), em março, para 65.015 milhões de kwanzas (349,5 milhões de euros), em abril.

Trata-se de um aumento de 42% no espaço de um mês, traduzido em 19.293 milhões de kwanzas (103,7 milhões de euros), depois de quebras consecutivas devido à baixa da cotação internacional do barril de crude.

Este registo está ainda 37,8% acima das receitas que a concessionária entregou ao Estado angolano em abril de 2015, que foram então de 47.174 milhões de kwanzas (253,6 milhões de euros), explicado pelo aumento de produção e na cotação do barril de petróleo.

Mais de metade das receitas fiscais com a exportação de petróleo por Angola são garantidas pela Sonangol.

Angola é o segundo produtor de petróleo da África subsaariana, com 1,7 milhões de barris de crude por dia, mas a crise na cotação petrolífera atirou as receitas para menos de metade em 2015, com a estatal Sonangol também a ressentir-se no seu desempenho.

A Sonangol vai passar a ter uma comissão executiva, no âmbito do processo de reajustamento da organização e otimização do setor dos petróleos, que está a ser apoiado pela empresária Isabel dos Santos.

A decisão foi tomada esta em abril, em reunião ordinária do conselho de ministros, envolvendo a alteração do estatuto orgânico da Sonangol, de modo a "dotar aquela empresa estratégica de uma estrutura de gestão alinhada ao modelo de organização ora aprovado", informou o Governo.

Nos termos desta alteração, refere o comunicado governamental que a Lusa noticiou então, o conselho de administração da Sonangol, liderado por Francisco de Lemos José Maria, "passa a integrar uma Comissão Executiva".

Atualmente, o conselho de administração da Sonangol conta ainda com seis administradores executivos e quatro não executivos, sendo o órgão que toma as decisões em relação à expansão e investimentos a realizar pelo grupo, definindo ainda estabelece as metas estratégicas de produtividade, rentabilidade e internacionalização.

O Governo aprovou ainda um modelo de reajustamento da organização do setor dos petróleos, definindo "um novo quadro institucional que permita aumentar a sua eficiência e rentabilidade", através da "otimização dos investimentos" e da "sustentabilidade das reservas de petróleo e gás natural" do país.

© Lusa

 

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