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Segunda, 05 Outubro 2015 09:11

Vencedores dos novos blocos petrolíferos em Angola serão conhecidos em Novembro

A Sonangol já está a analisar as propostas referentes às licitações de 2014-2015 de blocos de exploração petrolífera nas zonas terrestres da bacia do Kwanza e bacia do Baixo Congo. Trata-se de um processo para o qual se pré-qualificaram como operadoras as portuguesas Galp e Partex, conforme foi revelado pela estatal angola, em Julho.

As propostas foram abertas na sexta-feira, em Luanda, segundo anunciou esta segunda-feira a petrolífera angolana responsável pela concessão, na presença de representantes dos ministérios dos Petróleos e das Finanças, além das empresas concorrentes ao leilão.

“Dentro de 45 dias, a Sonangol deverá concluir a análise das propostas, proceder à adjudicação das concessões e realizar a contratualização com os grupos empreiteiros destas concessões”, revelou a empresa angolana.

Trata-se de um processo iniciado em Abril cujo anúncio de resultados chegou a estar prometido para 21 de Setembro, tendo sido adiado. Os vencedores deverão agora ser conhecidos durante o mês de Novembro.

Em causa estão dez blocos petrolíferos onshore (sete na bacia terrestre do Kwanza e três na bacia do Congo), pelos quais a Sonangol recebeu manifestação de interesse de 85 empresas. Entre as empresas pré-qualificadas para a categoria de operadores (ou seja, as empresas a quem poderá caber a liderança dos projectos de exploração) estavam as portuguesas Galp e Partex.

Na lista estavam ainda a italiana Eni, a norte-americana Chevron, a colombiana Ecopetrol, a Sonangol Sinopec (a joint-venture entre as petrolíferas estatais angolana e chinesa) e a empresa angolana privada Somoil. Segundo dados divulgados pela Sonangol, estes blocos podem representar mais de metade das reservas conhecidas de Angola, aproximando-se dos sete mil milhões de barris.

O lançamento destas novas concessões, que foi anunciado em 2013 e depois adiado (apesar de no início de 2014 terem sido realizados roadshows em Houston e Londres para captar novos investidores) surge agora num contexto em que Angola precisa de angariar novas receitas para fazer face ao impacto da queda das cotações do petróleo nas contas públicas.

Em Angola, a Galp tem uma posição de 9% no bloco 14 do offshore angolano, tem 5,33% do bloco 33, uma posição de 5% no bloco 32 e outra de 4,5% no bloco 14K. A empresa tem ainda uma posição de 10% num projecto de exploração de gás natural. Já a Partex tem uma participação de 2,5% no consórcio do bloco 17/06, de exploração em águas ultra profundas ao largo de Angola.

Publico

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