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Quinta, 13 Dezembro 2018 16:53

Inflação em Angola chega aos 18,36% até novembro e ameaça meta do Governo

Os preços em Angola aumentaram 1,31% entre outubro e novembro, tendo a inflação acumulada a 12 meses subido para 18,36%, valor que coloca em causa a meta de 18% estabelecida pelo Governo angolano para 2018.

De acordo com o relatório mensal do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano sobre o comportamento da inflação, a que a agência Lusa teve hoje acesso, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) de novembro baixou face aos 1,39% de outubro, mas a diminuição não foi suficiente para atenuar a subida acumulada dos últimos doze meses.

Assim, a inflação no acumulado de 12 meses passou de 18,04% para 18,36% (dezembro a novembro), afastando-se dos 18% previstos pelo Governo angolano para os 12 meses (janeiro a dezembro).

Inicialmente, o Executivo previa uma inflação de 28,8% para todo o ano de 2018, previsão entretanto revista em baixa, para 18%, na proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2019, que vai para votação final, sexta-feira, na Assembleia Nacional.

Para cumprir esta meta, a inflação no mês de dezembro não poderá ultrapassar 1,04%, valor (mensal) que não se verifica desde novembro de 2017.

De acordo com o INE, o principal setor a influenciar o IPCN em novembro foi a “Saúde”, com uma variação mensal de 1,91%, seguindo-se os setores “Vestuário e Calçado”, com 1,79%, “Lazer, Recreação e Cultura”, com 1,70%, e “Bens e Serviços Diversos”, com 1,69%.

O aumento de preços foi liderado pelas províncias de Bengo (2,10%), Zaire (1,91%), Moxico (1,60%) e Uíge (1,50%), enquanto as províncias com menor variação foram Namibe (0,89%), Bié (1,10%), Huambo (1,12%) e Lunda Sul, Huila e Cuanza Norte (todas com 1,15%).

Em 2016, a inflação em Angola (12 meses) chegou a 41,12% e no ano seguinte desceu para 23,67%.

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