Sexta, 24 de Mai de 2024
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Entre a Europa e a China, Angola tenta resolver o sufoco que se abate sobre as finanças do país num ambiente de grande pressão social

Com cinco anos de antecedência, o governo de Angola pagou, integralmente, os US$ 589 milhões da dívida que ainda tinha com o governo brasileiro. De 2005 a 2017, o país africano contraiu financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com o Tesouro Nacional, que chegaram a somar US$ 5 bilhões em anos recentes.

RIO, MAUI e NOVA YORK — A Sonangol, petrolífera estatal da Angola, está em processo de negociação com a Oi para comprar a participação de 25% da tele brasileira na Unitel, empresa de telecomunicações do país africano. Segundo fontes a par das conversas, a Oi deve receber cerca de US$ 1 bilhão se o negócio for confirmado. A Sonangol já é acionista da Unitel, com outros 25%.

A Administração Geral Tributária (AGT) angolana manifestou hoje preocupação com a atual situação socioeconómica do país, referindo, contudo, que além de arrecadar receitas para o Estado está também "atenta a analisar o comportamento do IVA na economia".

A Aenergy, empresa do sector eléctrico liderada pelo português Ricardo Machado, acusou hoje o Estado angolano de "expropriação ilegal e infundada" de quatro turbinas e outros equipamentos, decisão que já está a contestar no Tribunal de Luanda.

A directora dos Reembolsos da Autoridade Tributária portuguesa, Lurdes Amâncio, enalteceu hoje, em Luanda, os mecanismos de reembolso do IVA em Angola, admitindo que o imposto "tem implicações na subida de preços", sobretudo no "mercado informal".

Este é o primeiro passo de uma estratégia do Governo para acabar com o "monopólio" do sector associado aos interesses económicos de Isabel dos Santos e do General Dino. Seguem-se a alteração do capital social da Movicel, conseguir a maioria na Unitel e fechar o concurso para o 4.º operador.

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